Lisboa inaugura centro de acolhimento temporário para refugiados

Lisboa inaugura centro de acolhimento temporário para refugiados

A Câmara Municipal de Lisboa (Membro Efetivo da UCCLA), em Portugal, inaugura, dia 22 de fevereiro, o Centro de Acolhimento Temporário para Refugiados, localizado na freguesia do Lumiar, que será "uma primeira estação de chegada" para estas pessoas.
 
O Centro de Acolhimento Temporário para Refugiados fica instalado na Quinta das Camélias (junto ao cruzamento entre a Alameda das Linhas de Torres com a Avenida Rainha D. Leonor) e terá "todas as condições de um local de estadia", disse Pedro Delgado Alves, presidente da Junta de Freguesia do Lumiar.
 
De acordo com Pedro Alves o edifício de quatro pisos terá uma lotação para 35 pessoas, e destina-se à realização de "um acompanhamento inicial enquanto aguardam uma resposta definitiva". O centro é constituído por quartos, zona de convívio, zona administrativa, de refeições, área destinada aos menores e, ainda, locais para o acompanhamento por parte das instituições responsáveis.
 
Também o ensino da língua portuguesa será contemplado, pelo que o edifício terá uma área destinada às aulas.
 
"Não é uma super-infraestrutura, mas terá todas as condições necessárias para acolher os refugiados", afirmou o presidente da Junta. "O centro será temporário em duas vertentes: enquanto existir a crise dos refugiados e uma solução temporária para quem vier para o nosso país".
 
O Centro de Acolhimento Temporário para Refugiados é gerido e coordenado pela Câmara Municipal de Lisboa, sendo a Junta de Freguesia do Lumiar um dos parceiros do projeto.
O vereador dos Direitos Sociais da autarquia, João Afonso, referiu que esta "é uma das peças do Programa Municipal de Acolhimento de Refugiados de Lisboa", explicando que, para já, ainda não haverá residentes no centro.
 
A ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, disse que Portugal está a analisar cerca de 90 pedidos de recolocação de refugiados e disponibilizou-se para acolher "um número bastante elevado", mas até agora apenas recebeu 30, adiantando que Portugal não tem sido muito restritivo quanto à seleção de imigrantes, mas adiantou que não têm chegado mais pessoas por não estar a funcionar devidamente o processo de recolocação.
 
A ministra frisou que Portugal tem de ter capacidade para acolher mais refugiados, referindo também que o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) vai reforçar o gabinete de asilo e a capacidade na vertente de fronteiras.

 
 
 
 
Publicado em 19-02-2016