Mértola está localizada na região sudeste do Alentejo, em Portugal, e pertence administrativamente ao distrito de Beja, na região do Baixo Alentejo. É limitada geograficamente pelo concelho de Serpa, a norte, Castro Verde e Almodôvar a oeste, Alcoutim a sul e Espanha a este.

 

Atualmente o concelho é composto por 7 freguesias: Corte do Pinto, Santana da Cambas, Mértola, Alcaria Ruiva, Espírito Santo, São João dos Caldeireiros e a União de freguesias de São Pedro de Sólis, São Sebastião dos Carros, São Miguel do Pinheiro. Cada freguesia tem em média uma área de 143,6km2.

 

A descoberta, na vila de Mértola, de vestígios que remontam ao Neolítico e as informações recolhidas pelo arqueólogo Estácio da Veiga, testemunham a presença dos romanos em Mértola e na Mina de São Domingos. Mírtilis Júlia era a denominação da cidade que, após a invasão muçulmana da Península Ibérica, passou a ser denominada Martulá.

 

Desde o período pré-romano, Mértola era um importante entreposto comercial, dada a sua localizada favorável ao rio Guadiana. Foi um porto fluvial em permanente contacto com o mar, ao longo dos anos, um importante entreposto comercial onde passavam os metais preciosos extraídos do interior do Alentejo, nomeadamente de Aljustrel e São Domingos, assim como os cereais cultivados nos terrenos férteis da região. No entanto, na Idade Média, verificou-se a progressiva diminuição de utilização deste porto. 

 

O tecido urbano do centro histórico de Mértola constitui um elevado valor histórico e patrimonial. A designada “vila velha” corresponde ao núcleo urbano primitivo que reúne vestígios do passado, funcionando como âncora para o desenvolvimento de estratégias de intervenção no que toca à sua preservação e valorização. Algumas das atrações da cidade remontam a esse património histórico, são eles a Mértola, Vila Museu, a Mina de São Domingos, a Oficina de Tecelagem.