Breve História
Maputo é a capital da República de Moçambique e a maior cidade do país. Está situada no extremo sul do país, na margem da baía de Maputo. Política e administrativamente, Maputo é um município, com governo eleito e, desde 1980, também uma província. O município está dividido em 7 distritos: KaMpfumo, Chamanculo, Maxaquene, Mavota, Mubukwane, Catembe e Inhaca. A cidade, que já foi chamada Baía de ka-Mpfumo, Baía Formosa, Baía da Boa Paz, Delagoa Bay e, a partir de 1782, Lourenço Marques, ascendeu à categoria de cidade em 1887. Capital colonial desde 1898, manteve o estatuto após a independência do país e passou a ser designada Maputo a partir de 1976, por diretiva de Samora Machel, o primeiro Presidente da República de Moçambique. Em 1970, a cidade contava com perto de 800 000 habitantes (799 358). Depois da independência, devido à guerra civil que assolou o país durante muitos anos (1976-1992) e também como consequência da falta de infraestruturas nas zonas rurais, Maputo registou um imenso afluxo populacional, a que se soma o natural crescimento demográfico. Assim, de acordo com o censo de 2007, a população de Maputo ascende a 1 094 315 habitantes, quando o censo anterior, realizado em 1997, apurou 966 837 habitantes. Segundo o INE (Instituto Nacional de Estatística), este crescimento populacional lento em Maputo é resultado da migração para a província de Maputo, principalmente para as zonas de expansão habitacional nos distritos de Boane, Marracuene e cidade da Matola, que ultrapassa o número de pessoas que entram na capital. No início de 2013, a população do município estava estimada em 1 209 993 habitantes. De acordo com o censo de 2007, 55,1% das residências possuíam água canalizada, sendo 16% dentro de casa e 39,1% no exterior. Cerca de 15% das residências não tinham qualquer tipo de saneamento básico. Maputo tem uma posição central em termos de infraestruturas, atividade económica, educação e saúde e concentra a maior parte dos serviços e sedes dos grandes grupos económicos e empresas, públicas e privadas. O porto marítimo, o segundo maior da costa oriental da África, ao qual confluem três linhas ferroviárias que fazem a ligação à Suazilândia, África do Sul e Zimbabwé, a rede rodoviária liga a capital à Suazilândia, África do Sul e os principais centros urbanos do país e o maior aeroporto do país, tornam a cidade um polo estratégico no desenvolvimento sustentável de Moçambique. Apesar de concentrar apenas 5,4% da população do país, Maputo é responsável por 20,2% do PIB moçambicano. Os setores de comércio, transporte e comunicações e indústria manufatureira são os mais significativos, contribuindo, respetivamente, com 29,6%, 29,5% e 12,4% da produção nacional, de acordo com o Relatório Nacional de Desenvolvimento Humano (PNUD, 2006). A Universidade Eduardo Mondlane, fundada em 1962 com o nome de Estudos Gerais Universitários, e diversas outras instituições de Ensino Superior, fazem da um polo de estudo e de saber. Maputo apresenta um traçado urbano reticular com amplas avenidas arborizadas onde se destacam vários exemplos do património arquitetónico da cidade, como o Palácio da Ponta Vermelha, a Estação do Caminho de Ferro, o emblemático Hotel Polana, a Fortaleza de Maputo, o edifício do Conselho Municipal, a Catedral, a nova estátua de Samora Machel ou a Mesquita. Cidade cosmopolita, consciente da sua história e orgulhosa da sua identidade plural, Maputo procura construir um futuro melhor para os seus munícipes a fim de cumprir o seu sonho de ser uma cidade próspera, bela, limpa, segura e solidária.