Moçambique

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Beira

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Área
633 Km2
População
450 000 habitantes (estimativa)
Clima
Tropical húmido
Recursos Económicos
Energia hidroeléctrica, gás, carvão, minerais, madeiras e terra agrícola

Elementos Institucionais

Adesão à UCCLA
2009
Aniversário
20 de agosto
Presidente da Câmara Municipal
Albano Carige
Morada
Conselho Autárquico da Beira
Av. Eduardo Mondlane, 766
Cidade da Beira
República de Moçambique
Telefone
(00258) 23 32 41 23 / 23 32 22 99
Fax
(00258) 23 32 97 09
Email
municipiobeira@gmail.com

Breve História

A Beira, capital da província de Sofala, tem o estatuto de cidade desde 20 de Agosto de 1907 e, do ponto de vista administrativo, é um município com um governo local eleito. É a segunda maior cidade de Moçambique, logo após a capital do país, Maputo, e tem uma população de cerca de 450 000 habitantes, de acordo com o Censo de 2007. A cidade foi fundada em 1887 pelos portugueses e, a partir de 1891, administrada e desenvolvida pela Companhia de Moçambique - uma companhia majestática a quem foi dada a concessão das terras que abrangem as atuais províncias de Manica e Sofala -, e que tinha na Beira a sua sede. Em 1942 a cidade passou para a administração direta do governo português, situação que se manteve até 1975, ano da independência de Moçambique. Originalmente chamada Chiveve (nome de um rio local), foi rebatizada em homenagem ao Príncipe da Beira, D. Luís Filipe, que, em 1907, foi o primeiro membro da família real portuguesa a visitar Moçambique. D. Luís Filipe foi portador do decreto real que concedia à Beira o estatuto de cidade. A Companhia de Moçambique construiu a linha férrea que ligava à então Rodésia, aberta em 1899. Em 20 de agosto de 1907, a Beira era elevada à condição de cidade, um ano depois era inaugurada a iluminação elétrica e, em 1911, um serviço telefónico urbano. Já sob administração direta do governo Português, deu-se início à construção de uma nova estação ferroviária, concluída em 1966. Ainda antes da independência, a Beira destacava-se pelo seu porto marítimo bem equipado. A cidade prosperou como porto cosmopolita com diferentes comunidades étnicas (portugueses, indianos, chineses, africanos indígenas) empregadas na administração, comércio e indústria. O grande número de habitantes que fala inglês deve-se ao facto da cidade ter sido um destino de férias preferido para os brancos da Rodésia. Um sinal desta época é o Grande Hotel, construído perto da costa do Oceano Índico. Após a independência, em 1975, a maioria dos portugueses deixou a cidade. Entre 1976 e 1992, o país foi devastado por uma guerra civil entre a FRELIMO, e a RENAMO. Em 2000, fortes inundações em Moçambique assolaram a Beira e as regiões próximas, deixando milhões de desabrigados e causando graves prejuízos à economia local. A cidade vive do comércio, da atividade portuária e ferroviária. É dotada de excelentes meios de comunicação: tem ligação ferroviária a todos os pontos do país e, por ferrovia ou estrada, a países limítrofes, como a Tanzânia, o Malawi e o Zimbabué. Dispõe de um aeroporto internacional e de um porto estratégico para escoamento e receção de mercadorias dos países limítrofes, para alguns dos quais a Beira representa o indispensável acesso ao mar. O porto da Beira é hoje o terceiro maior porto marítimo, depois de Maputo e Nacala, para o transporte internacional de cargas de e para Moçambique. O porto da Beira comunica, através de um sistema de rádio, com a Cidade do Cabo e, assim, indiretamente com os portos mais importantes do mundo. Os principais produtos exportados através do porto da Beira são açúcar, tabaco, milho, algodão, fibra de pita agave, cromo, minério de ferro, cobre e chumbo, carvão (madeiras). Na Beira começam dois importantes corredores de transporte. O Corredor da Beira, que liga a Beira ao Zimbabué, por via rodoviária e ferroviária, e permite o acesso de países interiores ao litoral. O segundo corredor faz ligação com o Malawi, e é neste momento exclusivamente rodoviário, pois o ramal que ligava ao Malawi ainda não foi reabilitado. Depois de atravessar o rio Zambeze pela Ponte Dona Ana, a linha ferroviária toma o sentido noroeste na direção de Moatize para servir as futuras minas de carvão locais. Do Corredor da Beira faz ainda parte um oleoduto que liga o porto da Beira ao Zimbabué (perto de Mutare). A estrada que liga a cidade ao Zimbabué é parte de um dos eixos da Rede Rodoviária Transafricana em desenvolvimento, a Estrada Beira – Lobito, que liga a Beira ao porto atlântico do Lobito, Angola. A cidade dispõe de uma boa rede de escolas dos ensinos primário e secundário e de várias faculdades de universidades privadas (Universidade Católica de Moçambique, Universidade Jean Piaget de Moçambique, Universidade Adventista de Moçambique), e públicas (Faculdade de Direito da Universidade Eduardo Mondlane, uma delegação da Universidade Pedagógica e UniZambeze, universidade pública com a missão de servir a região centro do país).