Breve História

A cidade de Baucau é a segunda maior cidade de Timor-Leste, localizada na parte oriental do país e faz fronteira com o município a este com Lautém, a sul com Viqueque, a oeste com Manatuto e a norte com Tasi Feto. O município é constituído por seis postos administrativos, nomeadamente Baguia, Baucau, Laga, Quelicai, Vemasse e Venilale. Demograficamente o município é constituído por 126,562 habitantes, segundo as projeções de 2019, com uma densidade populacional de habitantes/km2, numa área de 1.504,2 km2. A região é composta, essencialmente, por dois grupos populacionais a saber Tetun, Makasae, Waimu'a, Midiki, Kairui e Naueti.
Baucau provém do dialeto Uaimu’a, Aukau que significa suíno de Macau, que foi adaptada pelos portugueses após a sua ocupação, em 1698, para Baucau Vila Salazar. Já antes da ocupação, Baucau representava um reino, por outras palavras, uma autoridade tradicional local, apelidada de Liurai, que tinha o nome de Wailia - Wilema, que significa fonte de água grande, kulugisa (dialeto Makasae) ou fruta-pão queimada, e fatuk-Iaran (Makasae), que em português significa recifes de corais. Para além das línguas oficiais do país, o tétum e o português, em Baucau grande parte a população fala o dialeto local, Macassai.
Em 1908, através do governador Celestino da Silva, Baucau torna-se o 3.º Comando Militar e, em 1920, com o governador Manuel Paulo de Sousa Gentil, o Comando Militar é convertido numa Circunscrição Civil, que consistiu na Administração Civil de Baucau Vila, Baguia, Laga, Vemassi e Venilale. A 13 de dezembro de 1974, Baucau passou a Administração do Concelho, assumindo autoridade sobre os seis postos administrativos que se mantêm até aos dias de hoje, mantidos inclusive durante a ocupação da Indonésia.
Baucau possui o segundo maior aeroporto do país, justificando que, entre as décadas de 1990 e 2000, a cidade tenha sido anfitriã da maior parte dos eventos políticos e zona de maior fluxo de circulação quer de pessoas, quer de bens. O município sempre teve grande peso a nível nacional, enquanto centro administrativo e agrícola sendo capital de um distrito com o mesmo nome. A principal atividade económica é, portanto, a agricultura, com a produção de amendoim, arroz, coco, milho e produtos hortícolas, bem como atividades de negócios. Com o avanço das melhorias ao nível das infraestruturas e transportes, tem-se assistido a um crescente desenvolvimento do setor privado e das pequenas e médias empresas.