A Casa da América Latina inaugurou uma exposição e lançou um projeto sobre o Brasil. Queremos partilhar e dar a conhecer! A exposição “Linha Recta Linha Curva”, inaugurada a 27 de junho, resulta da combinação de artistas, projetos e olhares diferentes sobre a realidade da natureza e da cidade. O projeto “Ponto em Movimento”, lançado a 4 de julho, é uma instalação onde a própria linha, o “ser invisível” formado por um rastro do deslocamento do ponto e, portanto, pura ação e energia, une, divide e desloca a arte, o pensamento e a própria realidade.
A exposição “Linha Recta Linha Curva” é dos artistas Pascal Ruesch e Sara Maia, e com curadoria de Ana Viegas e Tiago Montepegado, da Galeria Ratton.
A exposição resulta da combinação de artistas, projetos e olhares diferentes sobre a realidade da natureza e da cidade. Os textos que acompanham a mostra são do escritor e paisagista Júlio Moreira.
O artista plástico Pascal Ruesch, residente no Brasil há mais de 20 anos, expõe o lado reto da mostra, a partir da cidade de São Paulo. Procura representar não a cidade num todo, mas partes da cidade, desvendando o que está para além da superfície visível.
A artista plástica Sara Maia, por sua vez, portuguesa, representa o lado curvo, inspirada a partir da selva colombiana. Conjuga nas suas peças o imaginário do mundo animal, da fauna e flora em harmonia.
A exposição estará patente ao público até ao dia 29 de agosto, de 2.ª a 6.ª feira, das 9h30-13h e das 14h-18h30.
O Ponto em Movimento é um projeto construído pelo artista plástico Renato Velasco, apresentado no Brasil e agora em Lisboa, na Casa da América Latina.
A instalação inicialmente realizada com linhas pretas e brancas, mas agora o colorido se faz presente, cujos nós e entrecruzados, tensões e distensões constituem a base de sua poética.
Ponto em movimento, expressão que toma emprestado do pintor e filósofo Vassily Kandinsky, é a própria linha, o “ser invisível” formado por um rastro do deslocamento do ponto e, portanto, pura ação e energia que une, divide e desloca a arte, o pensamento e a própria realidade.
A ocupação aérea externa do espaço, cria uma malha, onde todos estão dentro dela, não presos, amarrados ou impedidos de ir e vir. As linhas não definem matérias, mas campos de força, redes de informação, circulações, trajetórias e temporalidades. Releva a imaterialidade de novos circuitos de significação, da malha invisível, seja espiritual, matemática ou eletrônica que permeia nossa vida contemporânea.
Uma outra construção que foi dada e esse trabalho é o Himeneu Performático, onde Velasco e sua companheira bailarina Mónica Rocha atuam numa performance, onde todos serão seus convidados.
Este projeto estará patente nos jardins até ao dia 13 de setembro.