Fernanda Ribeiro vence Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLisboa
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Fernanda Ribeiro vence Prémio de Revelação Literária UCCLA-CMLisboa
Publicado em 26-03-2024

A obra vencedora da 9.ª edição do Prémio Revelação Literária UCCLA-CMLisboa - Novos Talentos, Novas Obras em Língua Portuguesa foi atribuída ao romance “Cantagalo” da autoria de Fernanda Teixeira Ribeiro, de 40 anos, de nacionalidade brasileira e residente em São Paulo, Brasil.

O júri decidiu, igualmente, atribuir duas menções honrosas:
- Poesia “Chão de Saibro” de Frederico da Cruz Vieira de Sousa, brasileiro, de 42 anos, residente Belo Horizonte, Minas Gerais, Brasil;
- Romance “A Sintaxe da Guerra” de Joaquim Njungo Jeremias, angolano, de 29 anos, natural de Luena, província de Moxico, Angola.
 

De acordo com o júri, “Cantagalo” é “um romance de família, com Praxedes, nome obtuso, como centro da ficção. História de peripécias rápidas, diálogos vivos, o que atravessa este livro como rio subterrâneo é não só a condição feminina e a questão da escrita, mas a própria condição do Livro como possibilidade de escapar a uma vida vazia, concreta, feita de cenas sem sentido nesse lugar - Cantagalo - que é alegoria de todo o Brasil. Tudo numa dicção autêntica, um modo de pôr as personagens a falar que lembra, de facto, um outro mundo.”

Relativamente às menções honrosas, o júri refere que “Chão de Saibro” “reconduz-nos às experiências gráficas da poesia visual, da experimentação icónica do texto, transformando em verdadeiro texto-trama-tecido de palavras. Trata-se de um livro constituído por poemas onde o som e seus jogos se sobrepõem ao significado.”

No romance “A Sintaxe da Guerra” “África canta a sua dor”, onde os protagonistas “são alegorias de todos os que enfrentaram a guerra colonial. Trata-se de descobrir neste livro de prosa descritiva, de diálogos intensos, de fotografias aos interiores de vários infernos…, um modo de narrar que articula o performativo… com o romance social onde a mensagem da anti-guerra é só o nível mais óbvio desta voz comprometida.”



9.ª edição do prémio:

Esta edição foi lançada a 7 de maio de 2023 e encerrada a 3 dezembro de 2023.

Recebemos 168 candidaturas nesta edição oriundas de 15 países: Ásia (Timor-Leste), África (Países de Língua Portuguesa e Senegal), América (Brasil), Europa (Alemanha, Polónia, Holanda, Reino Unido, Suíça), e Médio Oriente (Israel). De referir que o Brasil tem sido o país com o maior número de candidaturas.

Infografia desta edição

Júri desta edição: Domício Proença, Brasil; Germano Almeida, Cabo Verde; Hélder Simbad, Angola; Inocência Mata, São Tomé e Príncipe; Pires Laranjeira, Portugal; Luís Carlos Patraquim, Moçambique; Luís Costa, Timor-Leste; Tony Tcheka, Guiné-Bissau; Yao Jing Ming, Macau; pelo Movimento 800 anos da Língua Portuguesa - João Pinto Sousa; pela UCCLA - Rui Lourido.



Vencedores das edições anteriores:

- 2023:
Primeiro prémio em ex aequo:
“Breviário de Medo e Malícia” de Leonel Araújo Barbosa, de 38 anos, de nacionalidade portuguesa, residente em Lisboa;
“Sentido Litoral” de André Bazzoni Bueno, de 44 anos, de nacionalidade brasileira, residente em Santa Cruz Cabrália, Bhaia;
Menções honrosas em ex aequo:
“Os Poemas Figurativos” de Paulo Jorge Monteiro Marques, de 52 anos, de nacionalidade portuguesa, residente em Lisboa;
“Sete Contos Insensatos” de Emanuel Vasconcelos Barbosa, de 56 anos, com dupla nacionalidade Portugal/Cabo Verde, residente no Estoril, Portugal.
- 2022:
1.º Prémio - “Caligrafia” de Alexandre Siloto Assine, brasileiro;
Menção Honrosa - “Três Dias em Fevereiro” de Ricardo Ferreira de Almeida, português;
- 2021:
“O Sonho de Amadeu” de Leonardo Costa Oliveira, brasileiro;
- 2020:
“O Heterónimo de Pedra” de Henrique Reinaldo Castanheira, português;
- 2019:
“Praças” de António Pedro Serrano de Sousa Correia, português e natural de
Angola;
- 2018:
“Equilíbrio Distante” de Óscar Maldonado, de nacionalidade paraguaia, a residir em
São Paulo, no Brasil;
- 2017:
“Diário de Cão” de Thiago Rodrigues Braga, de nacionalidade brasileira, natural de
Corumbá, Goiás, Brasil;
- 2016:
“Era uma vez um Homem” de João Nuno Azambuja, de nacionalidade portuguesa.

 

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