São Miguel
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Cabo Verde
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Cabo Verde
Breve história

O Município de São Miguel, também conhecido como Calheta de São Miguel, localiza-se na região nordeste da ilha de Santiago, em Cabo Verde, e distingue-se por uma paisagem natural marcada por planaltos, vales e uma extensa frente atlântica. Com uma área de 77,35 km², faz fronteira com os municípios de Tarrafal (a norte), Santa Catarina (a oeste) e Santa Cruz (a sul), sendo banhado pelo Oceano Atlântico a leste. A sua sede, a cidade da Calheta, situa-se a cerca de 40 km da capital do país, Praia.
Historicamente, o território corresponde à antiga freguesia de São Miguel Arcanjo, inicialmente parte do Concelho dos Picos (1834) e posteriormente integrada no Concelho do Tarrafal, até que, por força da Lei n.º 11/V/96 de 11 de novembro, foi constituído como município autónomo, tornando-se o 17.º município de Cabo Verde.
Apesar das sucessivas redefinições territoriais, o município mantém uma identidade comunitária forte e uma ligação profunda ao norte da ilha. É atualmente composto por 23 localidades, das quais se destacam Calheta, Veneza e Ponta Verde, que formam o núcleo urbano.
A nível administrativo, a governação local está estruturada numa Câmara Municipal com sete membros executivos e numa Assembleia Municipal com dezassete membros deliberativos. Para promover a proximidade com os cidadãos, funcionam três delegações municipais — em Ribeira de São Miguel, Achada do Monte e Ribeira de Principal — que operam com balcões únicos integrando serviços da Câmara Municipal, da Casa do Cidadão e das finanças.
O concelho é amplamente coberto por serviços públicos descentralizados do Estado, nas áreas da saúde, educação, justiça, segurança, agricultura, ambiente e proteção social, garantindo o acesso pleno a direitos e serviços essenciais. Adicionalmente, conta com representações institucionais e empresariais de relevo nacional, como a Caixa Económica de Cabo Verde, CVTelecom, Unitel T+, Shell, Enacol e os Correios de Cabo Verde, o que reforça a capacidade de resposta à população e estimula a economia local.
Nos últimos anos, São Miguel tem-se afirmado como um município em franco crescimento, com investimentos estratégicos nas áreas de infraestruturas, habitação, acessibilidade, saneamento, cultura, desporto e empreendedorismo. A valorização do seu património material e imaterial, aliada à realização de eventos como o Festival da Cidade, a Noite de Mornas, o Festival de Batuque e Funaná e o Festival de Comédia (em homenagem a Nhu Puxim), projeta o município como referência cultural e turística em Cabo Verde.
Com uma população jovem, resiliente e empreendedora, São Miguel reafirma-se como uma terra de oportunidades e de futuro. A sua diversidade paisagística, o enraizamento das tradições orais, a vocação agrícola e a proximidade ao mar fazem deste território um espaço vivo, atrativo e aberto ao mundo.

Descrição
Área
77,35 km²
População
12.966 habitantes (INECV, 2021)
Coordenadas
15° 08’ N, 23° 30’ O
Clima
Tropical
Elementos Institucionais
Adesão à UCCLA
2025
Aniversário
11 de Novembro
Governador
Herménio Celso Silva Gomes Fernandes
Morada

C.P. N.º 04 – Cidade da Calheta
São Miguel
Ilha de Santiago
Cabo Verde

São Miguel recebe doação chinesa

A Câmara Municipal de São Miguel (Membro Associado da UCCLA), em Cabo Verde, recebeu, dia 24 de novembro, 600 mil escudos doados pela Fundação de Chineses Ultramarinos de Cabo Verde, destinado a apoiar as ações de recuperação do município após os estragos provocados pelas fortes chuvas.

De acordo com o presidente da Câmara Municipal de São Miguel, Herménio Fernandes, que se manifestou profundamente grato pela doação, as chuvas intensas dos dias 13 e 14 de novembro, bem como as ocorridas nos dias 23 e 24 de novembro, causaram danos significativos em infraestruturas municipais, rede viária, moradias familiares, parcelas agrícolas e obras de correção torrencial.

Os impactos, conforme ressaltou, estenderam-se também às bacias hidrográficas e a diversas zonas habitacionais, resultando em perdas económicas avultadas, destacando que, apesar da gravidade dos prejuízos, não houve vítimas mortais.

Segundo o edil, o Governo já decretou o estado de calamidade e estão concluídos os levantamentos dos estragos nas comunidades, na rede rodoviária, nos edifícios públicos e nas moradias, assim como de casas totalmente destruídas, cujas famílias passarão a receber acompanhamento prioritário nos próximos dias.

Fernandes destacou que há casos em que a reconstrução exigirá estudos técnicos e mobilização de recursos substanciais, dada a necessidade de garantir infraestruturas mais resilientes e sustentáveis num contexto de fenómenos extremos associados às mudanças climáticas.

As precipitações intensas comprometeram estradas, habitações e estruturas agrícolas, levando o Governo a decretar estado de calamidade pública para permitir uma intervenção mais célere e coordenada.


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São Miguel recebe doação chinesa