A Universidade Lusófona de Lisboa organizou, no dia 18 de novembro, o I Encontro Estudantil da Lusofonia e que contou com a intervenção do Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho.
Na abertura o vice-reitor, Carlos Poiares, enalteceu a importância do evento, que será o primeiro de muitos e será o pontapé de partida para a criação de um Fórum da Cidadania e dos Direitos Fundamentais, que permita o intercâmbio e uma melhor integração dos estudantes dos diferentes países falantes do português.
Carlos Poiares I Mário Coutinho I Esmeraldo de Azevedo, Vitor Ramalho, Mário Countinho e Carlos Poiares
Para o reitor Mário Coutinho este Fórum será a voz dos estudantes, num processo criado com lógica, com valores e com base num denominador comum que é a língua portuguesa. A ideia é “afirmar a universalização das universidades em língua portuguesa” e onde os alunos receberão todo o apoio.
O representante do ACM-Alto Comissariado para as Migrações Mário Ribeiro discorreu sobre as valências da instituição na integração de estudantes, nomeadamente nas políticas de migração, nas linhas de apoio, nos gabinetes e programas existentes.
Mário Ribeiro I Vitor Ramalho
Para Vitor Ramalho os “nossos povos e países tem uma força que não é nada negligenciável” fazendo referência à importância que a língua portuguesa tem vindo a desempenhar no mundo globalizado, ocupando a quarta posição, e como instrumento económico. “Nós conseguimos forjar a presença de todos os nossos países numa única instituição, que é a CPLP” e apesar dos “encontros e desencontros da nossa história”, de que nenhuma língua é igual à nossa, “vocês (jovens) tem uma responsabilidade tremenda” pois “a força está na juventude”.
Destacou o nascimento e o percurso da Casa dos Estudantes do Império, dos jovens que ali se formaram e do contributo que deram. “O ciclo hoje é outro. Não temos colónias, mas temos que valorizar os jovens do antigamente”, defendendo a existência de um espaço onde os jovens, dos vários países de língua portuguesa, possam partilhar experiências, culturas, saberes e sabores. Aconselhou, ainda, a leitura de dois livros de referência histórica: “Os Negros em Portugal - Uma presença silenciosa” de José Ramos Tinhorão e “A Geração da Utopia” de Pepetela.
Esmeraldo de Azevedo I Jorge Pais I Esmeraldo de Azevedo, Vitor Ramalho, Mário Countinho, Carlos Poiares e Mário Ribeiro
Para Esmeraldo de Azevedo, diretor-geral do Centro de Estudos Europeus e Relações Internacionais do Grupo Lusófona, o “caminho faz-se caminhando”, destacando o trabalho desenvolvido pela CPLP e reafirmando que “a verdadeira força está na juventude”.
Jorge Pais, representante da AIP-Associação Industrial Portuguesa, lançou o desafio ao empreendedorismo da juventude.
Claudia Amador I Mesa com representantes de associações de estudantes
Houve um momento musical pela excelente voz de Claudia Amador.
O segundo painel do encontro reuniu alguns representantes de associações de jovens, como Guiné-Bissau, Moçambique e Angola, que destacaram as principais dificuldades na integração em Portugal, nomeadamente no mercado de trabalho e na falta de estágios.
O encontro, que decorreu no Auditório Agostinho da Silva, visou integrar as diversas comunidades de estudantes que têm em comum a partilha da Língua Portuguesa.