UCCLA esteve presente no Congresso da Lusofonia e da Francofonia
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UCCLA esteve presente no Congresso da Lusofonia e da Francofonia
Publicado em 08-12-2017
O Congresso “Lusofonia e Francofonia: duas potências mundiais”, realizado em Paris, de 6 a 8 de dezembro - no âmbito do qual foi inaugurado o Instituto do Mundo Lusófono - contou com a intervenção do Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, no painel sobre “Arte, Desporto e outras Atividades Integrativas e Valorativas”.
 
Vitor Ramalho, que interveio no dia 7 de dezembro, falou da singularidade dos países de língua oficial portuguesa nomeadamente na sua própria forma como se tornaram independentes, dando exemplos do Brasil e de Timor-Leste. O Brasil, em 1822, depois da vinda do Rei de Portugal e do primogénito em que ocorreu o chamado “grito do ipiranga” e o contributo de muitos portugueses e de muitos heróis; em Timor-Leste a independência foi resultado das lutas do povo, falou da invasão Indonésia e do frémito da solidariedade mundial de todos os países.
 
Referente ao tema em análise no congresso, Vitor Ramalho destacou a singularidade do mundo lusófono no domínio dos grandes exponentes na arte e no desporto, resultado de uma luta comum. As referências históricas a Agostinho Neto, a Amílcar Cabral, Miguel Trovoada, Fernando França Van Dúnem, Mário Machungo, Pascoal Mocumbi, Pedro Pires, entre outros, a libertação dos países que se libertaram numa luta comum, o colonialismo, foram também assinaladas.
 
Vitor Ramalho evidenciou as personalidades que, no domínio da literatura, se destacaram como Pepetela, Manuel Rui Monteiro, Alda do Espírito Santo, Alda Lara; no desporto França Ndalu (general angolano) e José Araújo (dirigente guineense); na música Rui Mingas que compôs o Hino de Angola e foi embaixador de Angola em Portugal. 
 
O Secretário-Geral concluiu dizendo que a UCCLA, em função do “encontro secular de culturas, em todos estes domínios, tem procurado honrar o passado, olhando para o futuro”, dando nota da realização anual dos Encontros de Escritores de Língua Portuguesa tendo sempre presente a importância da arte, cultura e desporto na afetividade e na relação dos povos. Por último relembrou a realização dos Jogos da Lusofonia que decorrerão em julho de 2018, em São Tomé e Príncipe, e do Festival da Lusofonia de Macau (Membro da Comissão Executiva da UCCLA).
 
 
O congresso “Lusofonia e Francofonia: duas potências mundiais” decorreu na Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), na Universidade Sorbonne, no Senado e no Institut d'Études Avancées de Paris e foi organizado por Isabelle de Oliveira, diretora da Faculdade de Línguas Estrangeiras Aplicadas da Universidade Sorbonne-Paris III.
 
Os objetivos do congresso foram a partilha de contactos e de recursos das redes francófonas e lusófonas, e fomentar o debate entre os diversos agentes da cooperação linguística.
A inauguração do Institut du Monde Lusophone - Instituto do Mundo Lusófono (IMLus), criado em finais de 2015, foi um dos momentos principais do congresso. Trata-se de uma plataforma digital que será uma "vitrina da lusofonia" referiu Isabelle de Oliveira. O instituto vai juntar parceiros económicos, universidades e agentes da cultura dos países lusófonos e sua sede física deverá ser inaugurada dentro de um ano em Paris.