A passagem do tufão “Hato”, o mais forte dos últimos 53 anos, provocou em Macau, dez mortos e mais de 240 feridos e pelo menos, 11,4 mil milhões de patacas de prejuízos.

 

O secretário para a Economia e Finanças, Lionel Leong, disse que esta estimativa preliminar inclui prejuízos diretos e indiretos, “em relação aos prejuízos diretos, neste momento estimamos em 8,3 mil milhões, e [os prejuízos] indiretos em 3,16 mil milhões, e por isso, em soma, temos 11,4 mil milhões”.

 

Estes números vêm da Direcção dos Serviços de Estatística e Censos, refere Lionel Leong, e resultam de dados fornecidos também pela Autoridade Monetária de Macau, pelo Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais e pela Direcção de Inspeção e Coordenação de Jogos.

 

“Em relação às pequenas e médias empresas, fizemos um estudo no local e como as companhias já formalizaram os pedidos de apoio à Fundação Macau conseguimos consubstanciar o nível dos prejuízos”, explicou.

 

Porém, segundo ressalvou, não é possível apenas contabilizar os prejuízos diretos, ou seja, os danos materiais que cada estabelecimento sofreu. “Há muitas lojas que ainda não conseguiram reabrir e voltar a explorar os seus negócios, portanto não podemos só medir os prejuízos diretos, há também consequências indiretas”.

 

O Chefe do Governo, Chui Sai On, apontou as prioridades para os próximos tempos, considerando que Macau é uma sociedade que nunca tinha experienciado uma catástrofe desta magnitude. “A prioridade é a normalidade do quotidiano que inclui o fornecimento de água e eletricidade num curto espaço de tempo”.

 

Após a passagem do tufão, o Governo de Macau criou um subsídio de 50 mil patacas (de 3,1 mil para 5,2 mil euros) para ajudar as Pequenas e Médias Empresas a fazer face aos estragos causados.

 

Além deste abono, o Governo criou também uma linha de crédito, sem juros, para as PME afetadas até ao montante máximo de 600 mil patacas (cerca de 63 mil euros).

 

 

 

 

 

 

Foto: Tribuna de Macau