Os “Municípios como peças chave de desenvolvimento” em análise em Santiago de Compostela
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Os “Municípios como peças chave de desenvolvimento” em análise em Santiago de Compostela
ESPANHA | Santiago de Compostela
Publicado em 15-11-2019
Representantes de Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe participaram, nos dias 12 e 13 de novembro, no 'Foro da Cooperación Municipalista da Lusofonía: os municipios, pezas clave do desenvolvimento' (Fórum da Cooperação Municipalista da Lusofonia: os municípios, peças chave do desenvolvimento), em Santiago de Compostela, organizado pelo Fondo Galego de Cooperación e Solidariedade.
 
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O Fondo Galego convidou representantes de instituições ligadas às autarquias de Angola (Benguela), Brasil (coordenador das relações internacionais da Frente Nacional de Prefeitos), Cabo Verde (Ribeira Grande de Santiago e Tarrafal), Guiné-Bissau (Cachéu), Moçambique (Boane), São Tomé e Príncipe (Príncipe) e a UCCLA, entre outras personalidades representativas de instituições da Galiza.
 
Perceber a realidade dos países de língua oficial portuguesa e dar a conhecer às autoridades locais galegas, assim como refletir sobre o contributo dos governos municipais na concretização dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, fixados pela ONU, foram os objetivos destas jornadas. O encontro, cofinanciado pela Direção Geral das Relações Exteriores e União Europeia, teve lugar na Escola Galega de Administração Pública - EGAP, em Santiago de Compostela.  
 
O Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, interveio na sessão de abertura, juntamente com o presidente do Fondo Galego, Juan González, com o conselheiro do Presidente das Relações Internacionais de Santiago de Compostela, Gumersindo Guinarte, e com o Secretário-Geral da Política Linguística da Junta da Galiza, Valentín García.
 
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Com o tema “Os municípios, Peças Chave do Desenvolvimento”, Vitor Ramalho procurou valorizar o objetivo 11 dos 17 dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) que têm a ver com as cidades. Referiu, a propósito, que neste momento mais de metade da população mundial vive em cidades e que mil milhões de pessoas vivem em bairros degradados. Salientou, também, que em 2050 esse número (o de pessoas que vivem em centros urbanos) subirá para 70% da população mundial e que em África, dada a fertilidades das mulheres, que têm entre 5 a 7 filhos, o crescimento será astronómico, com uma média etária muito baixa, colocando questões muito sérias de sustentabilidade a que importa dar respostas no domínio das infraestruturas, da mobilidade, do ambiente, da educação, da proximidade das instituições com a população, entre outras. 
 
No dia 13 de novembro, a UCCLA esteve representada pelo técnico José Bastos no tema “Trabalhando pelo ODS 17: Alianças entre o municipalismo da comunidade lusófona”. Começando por apresentar a UCCLA, José Bastos, seguindo a linha de comunicação de Vitor Ramalho, no dia anterior, sobre o crescimento exponencial das cidades e as questões existentes para se alcançarem os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), referiu a imprescindibilidade da gestão democrática das autarquias locais com eleições livres, acompanhadas com a descentralização de atribuições e competências, na esteira do que já tinha enfatizado o presidente da Câmara de Ribeira Grande de Santiago (Cabo Verde) Manuel Monteiro Pina. A terminar afirmou que os objetivos só serão efetivamente atingidos tendo em conta o respeito pelo clima e pelo ambiente, bem como a concretização plena da igualdade de género.
 
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