Inauguração da nova sede da UCCLA e da Casa da América Latina

Inauguração da nova sede da UCCLA e da Casa da América Latina

A UCCLA e a Casa da América Latina vão inaugurar, dia 30 de setembro, a sua nova sede, na Avenida da Índia, n.º 110, em Lisboa.
 
O evento contará com a presença do Primeiro-Ministro, António Costa, do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, do Ministro da Cultura, Luís Filipe de Castro Mendes, da Secretária de Estado dos Negócios Estrangeiros e da Cooperação, Teresa Ribeiro, do presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, do presidente da Câmara de Maputo, David Simango, assim como de altas personalidades de referência nacional e das cidades que representam as duas instituições.
 
No mesmo dia será inaugurada a exposição "[Co]Habitar", que estará patente ao público até janeiro de 2017, e a realização de um cocktail de inauguração pelas 18h30, que contará com a atuação do músico Rodrigo Amado.
 
No âmbito das comemorações da inauguração, apresenta-se um programa de visitas guiadas, performances e conferências multidisciplinares com incidência na temática da “(co)habitação” – conceito que tanto se refere à partilha da nova sede entre as duas instituições, como à permanência simultânea de trabalhos artísticos oriundos de vários países da América Latina e de Língua Portuguesa num mesmo espaço.
 
O edifício, recentemente renovado, foi, no século XVIII, um armazém dos bergantins e galeotas reais, herdando daí a denominação de “Casa das Galeotas”.
 
 
Como chegar à nova sede: 
Autocarros e Elétrico (Rua da Junqueira): 15E, 18E, 714, 727, 728, 729 e 751
Comboio: Estação de Belém
Coordenadas GPS: 38°41’46.9″N 9°11’52.4″W
 
 
Os novos telefones são:
UCCLA - +351 218 172 950
Casa da América Latina - +351 218 172 490
 
 
 
CASA DAS GALEOTAS
 
Durante séculos, uma larga faixa de praia fluvial na frente ribeirinha, determinou a vida desta zona da Junqueira, caraterizada pela utilização portuária. Cais, de maiores ou menores dimensões, armazéns de variadas mercadorias, telheiros, casas de malta, casas de aprestos, todas as estruturas que acompanhavam a atividade fluvial, aqui se encontravam presentes.
 
Desde o séc. XVIII, esta zona foi marcada pela atividade dos iates reais, escaleres, bergantins e galeotas, que estavam armazenados, desde o Terramoto, num edifício próprio, referido na planta de Filipe Folque. Os tripulantes destes barcos, recrutados no Algarve, ficaram conhecidos pelo nome da província de onde eram originários, residiam nas cercanias e deixaram a sua memória na toponímia da zona, na travessa dos Algarves. Rocha Martins retrata-os como “garridos e pomposos”, nos seus uniformes de jaqueta escarlate e calça branca ou azul, conforme a estação do ano.
 
Após a República, a saída dos reais barcos para o Depósito da Azinheira, localizado no Seixal, assim como o aterro da Praia da Junqueira, alteraram profundamente esta zona. O movimento portuário cessou por completo, perdendo-se a azáfama diária dos que iam e vinham, carregavam e descarregavam mercadoria dos e para os numerosos armazéns que aqui foram erguidos, como os de Paulo Jorge, produtor do Vinho de Carcavelos, que aqui também deixou a sua memória na toponímia.
 
 
 
Publicado em 19-09-2016