

A União Europeia e a Cooperação Portuguesa, através do Projeto de Apoio às Fileiras Agrícolas de Exportação (PFAE), financiaram com cerca de 240 milhões de euros uma central fotovoltaica para o Centro de Investigação Agronómica e Tecnológica de São Tomé (CIAT), inaugurada no dia 14 de maio.
O PAFAE refere que a central visa dar resposta à “uma necessidade imperiosa identificada pelo CIAT, no sentido de colmatar a instabilidade no acesso à energia elétrica, que tem como consequência a rápida danificação de equipamentos e materiais e os atrasos na entrega dos resultados das análises laboratoriais”.
Com um investimento global do PAFAE de 240.000 €, a nova central é composta por 120 painéis solares, com uma potência total de 65 kW, ocupando uma área de 500 metros quadrados e dispõe de baterias que garantem o abastecimento energético do CIAT durante a noite e em períodos de baixa insolação.
“É uma alternativa de energia que acreditamos que com certeza irá dar mais e melhor resposta à necessidade desta instituição que beneficia todo o país”, sublinhou o presidente da Câmara Distrital de Mé-Zóchi, Anahory Dias.
O projeto de instalação da central foi coordenado pelo Instituto Marquês de Vale Flor (IMFV), responsável pelo PAFAE, em estreita parceria com o Ministério de Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural de São Tomé e Príncipe e incluiu a capacitação dos técnicos do CIAT “para a operação e manutenção do equipamento instalado e funcionamento geral da central”.
O embaixador de Portugal, Luís Leandro da Silva, sublinhou que “estes projetos não são apenas estruturas físicas”, mas “são também pilares de inovação e de sustentabilidade”, enquanto o represente da União Europeia, Davide Morucci assegurou que o empenho da instituição no setor agrícola “vem de longos anos e vai continuar no futuro”.
O governo são-tomense defendeu a construção da central como mais um passo na transição energética no arquipélago, contribuindo para a diminuição da dependência do país dos combustíveis fósseis.
“Devemos continuar a financiar aquilo que de fato chega às comunidades, aquilo que de fato toca o povo. Quer dizer que devemos continuar a financiar a terra, devemos continuar a financiar a água, devemos continuar a financiar a energia e, se for renovável, melhor, porque tiramos essa dependência na importação dos combustíveis fósseis, que custa muito ao país”, disse o ministro do Estado, Economia e Finanças de São Tomé e Príncipe, Gareth Guadalupe.
Mais informações sobre a Inauguração da Central Fotovoltaica em São Tomé e Príncipe nos links da Inauguração da Central Fotovoltaica do CIAT – Centro de Investigação Agronómica e Tecnológica e UE e cooperação portuguesa financia central fotovoltaica do centro de investigação de São Tomé