Coordenação no apoio às vítimas de Moçambique
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Coordenação no apoio às vítimas de Moçambique
Publicado em 21-03-2019
A união faz a força! Este é o objetivo da Embaixada de Moçambique em Lisboa, Câmara Municipal de Lisboa e UCCLA no âmbito do apoio às famílias vítimas do ciclone Idai - que assola várias regiões de Moçambique desde 14 de março, em particular a região da Beira - e que se concretizou numa conferência de imprensa, realizada dia 21 de março, para apresentação das linhas estratégicas de apoio às populações moçambicanas.
 
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A Câmara Municipal de Lisboa disponibilizou os seus 11 quartéis do Regimento de Sapadores Bombeiros (RSB) da cidade - D. Carlos I, Martim Moniz, Graça, Defensores de Chaves, Santo Amaro, Monsanto, Alvalade, Benfica, Marvila, Encarnação e Alta Lisboa - como pontos de recolha dos donativos em géneros que são prioritários e que funcionam 24 horas por dia.
 
De acordo com as autoridades moçambicanas, as necessidades imediatas  de apoio às populações afetadas pelo ciclone são as seguintes:
. Produtos alimentares enlatados com período de validade prolongado;
. Produtos para o tratamento de água;
. Produtos de higiene pessoal e limpeza de instalações.
 
UCCLA Abraca Mocambique
 
Segundo o embaixador Joaquim Bule, o governo moçambicano “decretou situação de emergência, o que significa que a dimensão da catástrofe afeta mais do que uma província” e, neste caso concreto, está a afectar as províncias de Sofala (onde se encontra a cidade da Beira), Zambézia, Manica e Tete, para afirmar que, de acordo com o panorama, “todos nós nos mobilizamos para salvar vidas, pessoas e os seus bens”. 
 
Relativamente a medicamentos, o embaixador afirmou que a Cruz Vermelha pode “tratar melhor” esta questão e no “hospital de campanha, que foi mobilizado, há um conjunto de medicamentos tidos como padrão para situações de ataque imediato a situações de emergência”. 
 
“O nosso esforço é que a ajuda chegue ao seu destino final” defendeu, destacando que as ajudas financeiras poderão ser encaminhadas, também, para a Cruz Vermelha. 
 
A ação de solidariedade por parte de várias câmaras municipais, organizações diversas e pessoas individualmente tem permitido concentrar esforços, enaltecendo que a Câmara de Lisboa fez, também, uma doação monetária para “ajudar a câmara (da Beira) a reerguer-se e a reativar os serviços ao público”, a Câmara do Porto disponibilizou-se para “reconstruir o Hospital Central da Beira, através da organização Saúde para Moçambique” e a Câmara da Amadora fez uma doação monetária de cerca de 100 mil euros.
 
De acordo com o vereador Carlos Manuel Castro, responsável pelo Pelouro da Proteção Civil e Regimento Sapadores Bombeiros da CML “qualquer apoio é sempre bem vindo, não importa se é só uma lata, se é um conjunto de latas. Todo o apoio é necessário.” 
 
Defendendo que a articulação entre as entidades envolvidas é fundamental e que todo o “esforço e empenho dos portugueses seja devidamente canalisado e chegue ao destino, como é desejado”, afirmou que a “médio prazo temos equipas disponíveis da Câmara Municipal de Lisboa para ir apoiar em termos técnicos, nas várias áreas, e também apoio do ponto de vista do reequipamento, do reestruturar e do reerguer da Beira, mas não só”.
 
Esta campanha de solidariedade decorrerá durante o tempo que for necessário, com uma “monitorização diária, quer com as autoridades portuguesas, quer com as autoridades moçambicanas” finalizou.
 
Para o Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, para “haver uma coordenação e uma eficácia, sensibilizámos todas as câmaras que são associadas da UCCLA, cerca de 50, com o mesmo objetivo, com a recolha dos mesmos bens para, em articulação com o Governo de Moçambique e com o Governo Português indicarmos, a essas câmaras, a forma de recolha para chegar ao seu destino”.