Decorreu, dia 14 de janeiro, a primeira aula da terceira edição do Curso Livre História de Angola, no auditório da UCCLA. O curso é coordenado por Alberto Oliveira Pinto e organizado pela Mercado de Letras Editores e pela UCCLA.
O Secretário-Geral da UCCLA, Vitor Ramalho, deu as boas vindas a todos os alunos e afirmou que “esta é mais uma edição da História de Angola, que é dada aqui pelo Professor Aberto Oliveira Pinto, que, segundo os entendidos de história, eu sou apenas um curioso, a sua história de Angola é a obra de referência hoje para todos aqueles que se interessam pelas relações entre os nossos dois povos e países e, particularmente, por Angola. E, por essa razão mesma, tem sido o Doutor Oliveira Pinto que tem dado e coordenado todas as intervenções anteriores deste curso e, obviamente, também desta.”
Para Vitor Ramalho “os nossos povos e países, quase todos, experimentam - quando digo povos e países são os da língua portuguesa - experimentam situações complexas, quer de natureza política, como económica. Como é o caso de Angola, que está agora, numa fase de transição, como é do conhecimento de todos. Depois das últimas eleições presidenciais e legislativas e isso envolve, também, consequências de natureza económica e financeira, como também hoje é do domínio público. A situação não é fácil, em função deste quadro, mas de alguma maneira, do meu ponto de vista, era inevitável que a transição tivesse de ser operada. O futuro é uma incógnita, vamos ver qual é a estratégia que agora se vai desenvolver e sobre esse assunto, também, terão seguramente a oportunidade de falar aqui com o Doutor Oliveira Pinto. Mas, no quadro económico, quer ao nível do crescimento dos preços, quer da situação do próprio Kwanza, a moeda nacional e da carência de massa monetária, não apenas na moeda nacional, mas também ao nível das divisas estrangeiras. Isso coloca problemas do próprio relacionamento comercial com o resto do mundo e com os países que são, obviamente, países que têm relações mais estreitas com Angola. “
As relações entre os povos e países de língua portuguesa, a nível estratégico, a situação do mundo global atual, e a necessidade de transmissão às gerações mais novas foram o foco da intervenção do Secretário-Geral da UCCLA.
Saudando todos os inscritos, Alberto Oliveira Pinto afirmou que “este curso é, e continua a ser, um Curso Livre de História de Angola, por isso não é um curso para avaliação, mas é desejável que venham. O curso tem contado, desde 2018, com colegas, com historiadores, que são convidados para cá virem, consoante as matérias em que se especializam. Portanto, eu sou o coordenador, faço questão de dar estas primeiras, mas nem sempre serei eu a dar as aulas”, destacando que o seu livro “História de Angola” está na génese do curso.
“Há aqui pessoas que estão a repetir o curso, por livre e espontânea vontade” enalteceu o professor, para de seguida reforçar a existência de uma página do curso na rede social Facebook e “uma série de pequenos filmes com o título “Fragmentos da História de Angola”, quer no meu canal de Youtube, quer na mesma página que referi do Facebook” que “são uma sensibilização sobre algumas temáticas, sensibilização até para discussão, aqui entre nós.”
A apresentação individual de cada aluno e a respetiva motivação na frequência do curso foi proposta por Alberto Oliveira Pinto.
Após a explicação prática e logística do funcionamento do curso, foi dado início ao mesmo, cujas temáticas foram as seguintes:
– A discussão em torno do conceito de “pré-história”;
– Fontes orais e arqueológicas da História de Angola (c. 7000 a.C. – c. século XIII d.C.);
– A Idade da Pedra e do Ferro em Angola. A coexistência dos povos Kung e Bantu;
– As “Cartas Étnicas” e as instituições tradicionais bantu.
Esta 3.ª edição irá decorrer até julho de 2019, às terças-feiras de cada semana e às 18 horas. À semelhança das anteriores edições, serão convidados professores, especialistas de reconhecido mérito para contribuírem, com a competência académica, profissional e literária, para a elevação do curso.
