Os governos do Brasil e de Timor-Leste assinaram, dia 10 de dezembro, um acordo de formação para professores de língua portuguesa em Timor-Leste, com vista a reforçar as competências linguísticas, comunicativas e didático-pedagógicas dos docentes.

O projeto, que terá a duração de quatro anos (2025 a 2028), abrangerá a capacitação de 644 docentes de língua portuguesa, do 3.º Ciclo do Ensino Básico, que serão responsáveis pelo processo de ensino e aprendizagem dos jovens timorenses e pela produção de novos materiais didáticos.

“O Projeto de Formação de Professores de Língua Portuguesa do 3.º Ciclo do Ensino Básico, que formalizámos através da assinatura de um ajuste complementar e de um documento de projeto, nasce de um compromisso profundo: garantir que todos os nossos professores disponham de competências linguísticas, comunicativas, didático-pedagógicas e metodológicas necessárias para assegurar o sucesso da implementação do novo currículo nacional, que entrou em vigor no ano letivo de 2025″, afirmou Dulce de Jesus, ministra da Educação timorense.

“Para melhorar esse processo, contaremos com o apoio técnico de 17 professores-coordenadores brasileiros, que trabalharão em regime de docência conjunta, e de 81 professores timorenses, que atuarão como professores multiplicadores, garantindo assim a sustentabilidade e continuidade da formação no futuro”, explicou a ministra timorense.

O projeto inclui também a produção de novos materiais didáticos para os 7.º, 8.º e 9.º anos, a criação de um Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e o estabelecimento, no Instituto Nacional de Formação de Docentes e Profissionais da Educação (INFORDEPE), de um Núcleo de Formação de Professores de Português, que funcionará como estrutura permanente de apoio técnico e pedagógico.

O embaixador do Brasil em Timor-Leste, Ricardo José Leal, afirmou que o Governo brasileiro está comprometido em continuar a colaborar com Timor-Leste, especialmente na promoção e difusão da língua portuguesa.

O projeto conta com apoio do Governo brasileiro através da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e da Universidade de Campinas (UNICAMP), que têm prestado apoio técnico e científico consistente para melhorar o sistema educativo em Timor-Leste.

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