O livro “O Conto da Sereia”, de Onofre Santos, marca a estreia do Juiz Conselheiro do Tribunal Constitucional de Angola na área da ficção. Foi apresentado no dia 6 de junho, na CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa), pelo Secretário-Geral da UCCLA (União das Cidades Capitais de Língua Portuguesa), Vitor Ramalho.
Para Vitor Ramalho este livro representa o primeiro livro de ficção, do autor, da nossa “fala comum”. Este livro que integra onze pequenos contos, uma seleção que o autor fez de publicações que escreve (semanalmente para um semanário angolano), é um “livro coerente, porque faz um apelo a uma realidade geracional”. Para o Secretário-Geral há um “fio condutor em todos os contos, como se fosse uma novela, com vários capítulos”, acrescentando que são “onze capítulos com Luanda e Angola como tema de fundo”.
Amigo de longa data do autor, Vitor Ramalho afirmou que Onofre dos Santos é um homem simples, enaltecendo a “forma como (Onofre dos Santos) agarra a vida, que a reverte em testemunhos únicos”.
Vitor Ramalho concluiu, relembrando Amical Cabral, que “podemos ser muito diferentes, mas há uma realidade clara… pensamos em português”.
Onofre dos Santos, claramente satisfeito por ver uma plateia repleta de amigos e familiares, apresentou o seu novo livro com o amor de quem escreve com paixão, afirmando que ao selecionar estes onze contos, pretende “sobretudo que as pessoas se divirtam e que os leiam com um sorriso”.
“São contos de amor entre duas pessoas, que não nasceram um para o outro, são pequenas histórias que quis contar” sustentou o autor.
Com boa disposição confidenciou que “quero que as pessoas gostem dos meus contos e que gostem de mim, eu sou quase “paranoico” para que as pessoas gostem de mim”, terminando com a frase “como se diz em Angola, Estamos Juntos!”.
Todos os contos de Onofre Santos falam do amor, tema que está de forma transversal sempre presente, respondendo às inquietações dos personagens que o vivem, independentemente da idade. Em todos os contos é sempre a cidade de Luanda que está presente, enquadrando a história que é relatada.
Onofre dos Santos é Juiz Conselheiro do Tribunal Constitucional de Angola, cidade onde nasceu. Com esta obra, Onofre dos Santos estreia-se na ficção, dez anos depois de ter publicado “Os (meus) dias da independência” - um diário que retrata os dias que viveu na altura da proclamação da independência de Angola - e cinco anos depois das crónicas “Eleições em tempo de cólera” escritas na Guiné-Bissau.