Tive o privilégio de servir a UCCLA durante sete anos. Experiência e trabalho extremamente enriquecedores, muitas vezes frustrante por não ser possível encontrar as melhores soluções ou responder a situações que nos eram colocadas.

Guardarei os muitos amigos espalhados por este imenso espaço que comunica em

Português, e a certeza que a União vai continuar a estar presente em todas as iniciativas que visem o desenvolvimento social e económico das populações que, livremente, decidiram aderir a este projecto.

Sociedades que todos desejamos mais prósperas, justas e solidárias.

Em Junho de 1985, o Engenheiro Kruz Abecasis – profundo conhecedor do Continente Africano, do imenso espaço geográfico que comunica em Português e da crescente importância das cidades – procurando desenvolver, em concreto, relações de cooperação intermunicipais, juntou o querer solidário de sete responsáveis de cidades de quatro continentes e criou a UCCLA.

A partir daquela data, a União – que posteriormente se revelaria modelo para outras iniciativas e organizações – foi percorrendo o seu caminho, acolhendo novos membros e procurando cumprir, na medida das suas disponibilidades, os objectivos definidos.

Em 2002, como todos os navios que muito navegaram, chegou o momento da UCCLA “recolher ao estaleiro” para receber as necessárias reparações.

Porque houve vontade de querer “navegar” melhor e mais longe, os motores foram substituídos por máquinas muito mais poderosas; os porões preparados para receber cargas mais volumosas; os instrumentos de navegação substituídos por equipamento do último modelo e a máquina do leme afinada.

Assim “equipada”, a UCCLA pode agora sulcar os mares com muito melhor precisão e rapidez, durante mais tempo, cumprindo novas, dinâmicas e mais complexas missões.

Chegou o momento para que, com renovado entusiasmo, estejamos prontos para dar conta dos novos caminhos, sempre solidários, que vão sendo percorridos por este enorme navio.

Sinceros votos de Boas Viagens.

Sempre com mar calmo e ventos de feição.